Solitário Inconsciente Coletivo

Wednesday, April 27, 2005

Em defesa dos meus...

Bem, o mundo está diferente e sabe por que? Temos agora um novo Papa, não sou católica, mas sei da força que ela possuí na sociedade e do quanto novas/velhas discussões estão por vir depois de ver o curriculum do senhor Bento XVI. Uma das coisas que mais me incomodou foi o fato de ele chamar as relações homosexuais de depravações e com isso incentivar a homofobia, conheço e convivo com vários casais gays e não vejo nada de depravado na relação deles. Ta, tenho que admitir está fora do “conceito” matrimonio-família descrito pela Bíblia, mas isso não faz dela uma união depravada, um casal heterosexual casado na santa igreja católica que não pode ter filhos e o homem adora ser passivo pra sua mulher será considerado depravado? Não, e sabe por que? Por que ninguém quer saber o que um casal heterosexual faz entre quatro paredes, se eles se dão bem, se respeitam se ajudam FODA-SE o comportamento sexual deles. E aí eu falo, o que os meus amigos fazem com seus namorados entre quatro paredes não interessa, eles são companheiros, se amam, brigam, tem ciúme e adoram ver filme embaixo do cobertor juntinhos como qualquer um. A diferença está que não podem ter filhos simplesmente por que não há um útero pra isso ou na verdade tem útero demais na história (tá vendo, meninas não esqueci de vocês).
Bem se isso for depravação, pelo menos conheço casos que ela pode ser muito bem aproveitada, o que falar por exemplo das letras de Renato Russo, recheadas de confissões depravadas?
Saio em defesa dos meus amigos pra dizer que não há nada demais em se apaixonar por uma pessoa do mesmo sexo, afinal não dizem que o amor é cego?

Tuesday, April 19, 2005

A importância das desimportâncias


Cena 1: A menina está a uma semana com uma dor de dente que de vez em quando dá um certo incomodo, principalmente quando aquele pedacinho de papel metálico do chocolate nosso de cada dia, não sai direito e ela dá aquela mordida que arrepia até os cabelos do nariz! E os dias passam e ela sempre pensa consigo mesma, preciso ir no maldito dentista, mas tem tantas coisas tão urgentes pra fazer, como por exemplo passar a manhã inteira na frente do pc conversando no messenger, olhando fotolog e o pior ou melhor de todos, MONITORANDO AS PESSOAS PELO ORKUT, que não sobra tempo para nossa pequena menina ir ao dentista... Mas um dia ela acorda e como se tomasse a decisão mais importante da sua vida, levanta da cama com ar de mulher maravilha e só falta gritar “Hoje eu irei ao dentista”, nossa ela se sente tão poderosa de ter vencido todas essas banalidades e botar em prática coisas importantes pra ela, ela está na verdade com aquele ar de pessoa que acabou de sair da clinica de recuperação de dependência química e quer gritar pro mundo ouvir... Eu estou careta, estou limpa, eu venci, estão vendo! Não sou uma viciada, vou ao dentista! A caminho do dentista no ônibus, com o semblante que só os fortes de espírito e de vontade tem, ela segue firme em direção ao objetivo e no caminho tenta desviar a atenção ao pensar que ela está perdendo uma manhã inteira de deliciosas inutilidades na frente do pc, que tudo está saindo do seu controle, que alguém está comentando com alguém alguma coisa on line e ela não está participando disso. Quando chega enfim a hora de descer, ela sente seu celular vibrar e quando olha, tem uma mensagem maligna dizendo “Menina preciso te contar quem e com quem eu vi ontem a noite”. É óbvio que diante de uma sentença tão importante não há como resistir, ela saí correndo e decidi que o dentista vai ficar pra uma outra hora, afinal a vida dos outros é muito mais importante!

Friday, April 01, 2005

Regressão pré-corte

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Somos mulheres e homens independentes, trabalhamos, ganhamos nosso suado dinheiro, não damos satisfação pra ninguém (apesar de às vezes querermos ter alguém para fazer isso), viajamos sozinhos, almoçamos pizza, dormimos as vezes sem lavar os pés e infelizmente não podemos mais soltar a maravilhosa frase “Vou contar pra minha mãe!”, quando alguém nos faz alguma coisa. Mas apesar de tudo isso que ganhamos com a “maturidade” a maioria das pessoas, pelo menos as que eu conheço, regride ao jardim de infância se o assunto é o coração, ficamos alesados, infantis e o pior de todos é a regressão pré-corte...não falamos direito com a pessoa ou rimos de tudo que ela fala, fazemos caras e bocas e o pior é quando ficamos com vergonha de olhar! E aí entra em jogo a Síndrome do azuleijo interessante: é quando tu fica de olho fixo no azuleijo do lado da pessoa, na verdade tu não está olhando pra ela, tá olhando pro azuleijo, mas ela tá tão pertinho que você fica só “percebendo” os movimentos da vitima. Por falar nisso, tem o tal do olha-desvia-olha que dependendo do grau de regressão das duas pessoas passa a noite toda, e sabe por que? Por que somos adultos, mas assim como as crianças, temos medo do não, não queremos nos sentir rejeitados, de canto e apenas protelamos uma coisa que deveria ser inadiável... A simples vontade de se querer deveria ser a mola chefe pra gente ir lá e chegar junto, tentar, apostar e mais um monte de outros verbos que querem dizer exatamente o FAÇA, mas tudo na maior categoria e classe, por que bons predadores atacam no silêncio que é pra deixar suas presas desavisadas kkkkkkkk
Por isso se tu estás afim de alguém, que tal ligar, falar pelo messenger, botar scrapp no orkut ? Chama a figura pra pegar um cineminha (não esqueça de cantar ela antes e depois do filme... por q na hora que a película começar ASSISTA!), vai ver que ela sofre de regressão pré-corte aguda e tá só esperando o adulto chama-la pra “brincar” kkkkkkkkkkkkkkk