Uma página roubada do diário de Cecília.

O telefone tocou, era ele, no dia anterior tinha me feito chorar com uma linda declaração de amor musicada, e como sempre despropositada. Hoje o que será que ele queria? Ligou pra ler Friedrich Nietzsche, acho que por dois motivos, um ele sabe que eu o adoro, e dois viu um trecho, falava sobre se relacionar com as pessoas, e quase tudo que fala de se relacionar nos interessa. Mas falava da importância da solidão como única forma realmente sincera de convivência. Entendo isso muito bem, vivo minha solidão, ela é o silêncio, inseparável, não o silêncio absoluto, silêncio do que importa, às vezes do que incomoda, do que faz a diferença. Silêncio. Ele insiste pra que eu fale sobre isso. Silêncio. Acha que é um absurdo que eu não fale tudo pra ele. Silêncio. Digo que eu sou assim é o meu jeito de lhe dar com algumas coisas. Ele, silêncio. Mudamos de assunto, mas sempre desligamos o telefone falando te amo, com a certeza de que não precisa ser dito o óbvio, na saúde, na doença, na riqueza, na pobreza, na alegria ou na tristeza, te amo, te amo sempre tu mi delírio.
Texto da semana
___ O que tem pra comer na tua casa?
___ Bem, tem tangerina, farinha de rosca e mostarda. A gente pode pensar em alguma coisa com esses três ingredientes.
P.Siu1: Eu continuo acreditando que a coisa mais importante do mundo são as pessoas que nós trazemos pro nosso mundo.
P.Siu2: Trilha do post? Im your lover – Wahoo (Filho querido que eu adoro ter na minha vida, essa música realmente é a minha cara kkkkkkkkkkkkkkk)