Solitário Inconsciente Coletivo

Friday, September 15, 2006

Mais uma de mulher, dessa vez: Maria.

“Mas a triste verdade é que a verdade é triste, e que aquilo que você quer não importa”. Foi com essa frase que ela começou o dia, depois de ler isso fechou imediatamente o livro e ficou a viagem toda só refletindo sobre essa afirmativa poderosa. A vida não tinha sido muito gente boa com ela, não tinha o corpo que queria, não tinha o emprego que queria, não tinha nem os animais de estimação que queria! Ela gostava de gatos, mas só tinha um cachorro vira-lata que a odiava e corria dela que nem o diabo corre da cruz.

Mas nada poderia ser mais avassalador do que aquele sentimento que insistia em crescer no peito de Maria Joaquina (Nota da escritora: Sim, é uma homenagem a Carrossel, hoje estou na freqüência infantilóide-descontrol), voltando a Maria Joaquina. Nada era pior, do que aquela merda de sentimento que fazia questão de saltar pelo seu coração, apaixonada pelo seu melhor amigo, como? Ele era tudo o que ela nunca quis como namorado, feio, desarrumado, grosso e de gosto duvidoso, eram amigos desde a infância, segundo ela essa era a força que os unia, a convivência. Como poderia estar apaixonada por Arthur? O cara mais zé-ruela entre os zé-ruelas!

Naquela manhã aquela frase no livro foi um tapa na cara, o resto do trajeto da casa pra universidade foi todo destinado a pensar, em qual seria a receita pro se apaixonar? Pela primeira vez admitiu pra si mesma que estava apaixonada por ele, que queria muito ter uma foto 3X4 dela naquela carteira de velcron horrorosa, que ele fazia questão de guardar na sua pochete de estimação. Depois de uma decisão importante tomada, só nos resta respirar fundo e ir em frente.

De cabeça erguida ela entrou na sala de aula, óbvio o primeiro olhar a encontrar o dela, foi o de Arthur, devidamente escondidos nas lentes de 7 graus de miopia pra cada lado, sorriu delicadamente e resolveu dar-lhe um abraço e um beijo bem forte na bochecha, “bom dia, baby” falou ela sorridente “Bom dia” respondeu ele sonolento, ela odiava essa mania dele de levar horas acordando, por isso deixou o final da aula pra se declarar.

As horas passavam e o coração começava a acelerar, mais e mais, e só uma coisa vinha a cabeça, como vou falar isso pra ele? Porra a gente se conhece a pelo menos 15 anos e nunca chegamos a cogitar a possibilidade de ficarmos juntos, como agora de uma hora pra outra eu chego pra ele e digo, ei zé ruela, to te querendo?. Acabou a aula. “Fudeu” pensou ela, é agora ou nunca, mão gelada, coração batendo rápido, olhos gritando uma coisa enquanto a boca insistia em falar outra, agora o estomago também gelou, fudeu mais ainda, as borboletas começam lá dentro seu incansável balé, o trajeto continuava, conversas sobre a nova música do Strokes, o filme que eles assistiram a noite, mão gelada, suada, voz enfraquecendo e olhar firme nos dele, será que ele não percebe?. Bem, mas a triste verdade é que a verdade é triste, e que quilo que você quer não importa, ela não teve coragem de se declarar e continuou até a porta de casa de lá viu ele seguindo com sua pochete e ficou um tempão pensando em como tudo teria sido caso ela tivesse se declarado...



P.Siu1: Siiiiiiiim hoje tem programação com os três mosqueteiros!

P.Siu2: Ei gente vai ser War ou Banco Imobiliário? Tanto faz, o importante é que eu ganhe!

P.Siu3: Eu to linda hoje...Eu preciso dizer isso!

P.siu4: Miss Guariba, uma surpresa saber que a senhora lê esse treco aqui, uma boa surpresa.

P.Siu5: a meNina viajou (corinho de aaaaaaaaaaaaaaaaaaa), mas ela volta (corinho de eeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee) e vai voltar cheia dos guentos pra gente, cuidado teremos super poderes! (corinho de uuuuuuuiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii)


P.Siu6: Trilha do post? Lovebox do Groove Armada, PÉLOAMORDEDEUS, esse cd é ótimo e eu estou um pouco viciadinha, principalmente nas faixas Think twice e Final Shakedown (por sinal é essa última que tá tocando). Ta esperando o que cão? BORA SE JOGAAAAAAAAAAAAAAAAAR.

P.Siu7: A frase é do livro Desventuras em série: O espetáculo carnívoro. O autor? Lemony Snicket ( o nome está certinho, dessa vez me certifiquei kkkkkkkkkkkk). Outra coisa que estou um pouco viciadinha.

5 Comments:

At 10:04 AM, Blogger Blue Boy and the Gray World said...

EEeeeeee, programação ^^ Só estou um pouco preocupado coma surpresa que os outros me disseram que prepararam pra mim oO Quero comprovar a sua lindeza ^^ :D

 
At 4:44 PM, Anonymous Anonymous said...

babe, só para constar que a palavra intelectual de estimação faltou nesse post. kkkkkkkkkkkkkk

 
At 10:03 AM, Blogger Adriano Mello Costa said...

A tênue linha entre amizade e paixão....e o fdp do "se" que de vez em quando assalta o nosso corpo...
Bjos...
:))

 
At 4:37 AM, Anonymous Anonymous said...

1st: Adorei a Nota da Autora, sobre o nome da personagem.
2nd: Ri pacas dos coros do psiu 5.
3rd: ai lóvi iu!

 
At 7:02 AM, Blogger Antó said...

É a verdade dói , mas pelo menos é um golpe certeiro , somos capazes de identificar a ferida e responsavéis pela cicatriz ou seja dependendo da nossa conduta podemos determinar o quanto ela vai ficar aberta ...
Pois já sabemos onde ela está , ser tolido desse direito é que nos faz ceder ao tormento e maior sofrimento...

 

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