Solitário Inconsciente Coletivo

Thursday, April 13, 2006

Cada uma do seu jeito, mas no fundo todas iguais!



A puta

Andando pela rua bêbada, vestido rasgado na lateral, sapato na mão, cabelo na cara e cruzando as pernas, tanto quanto a Bunchen, não estava nem aí, não sentia nada, nem o bofetão, o roxo dentro da coxa e a mordida poderosa no ombro, absolutamente, nada. O infeliz deixou a arcada dentária toda, ela sentou na calçada e percebeu que só tinham 27 dentes, riu sozinha gritando “o desgraçado além de broxa é desdentado”. A única coisa que sentia era o gosto da cachaça que estava começando a insistir em voltar.
Sabia o endereço de cabeça, voltava pra casa no automático como costumava dizer. Ser puta não era tão difícil quanto se pensava, difícil mesmo era esconder dinheiro do cafetão, não que ele a revistasse, mas era só vir com aquele cheiro de lavanda, roupa alinhada, cabelo bem penteado e a voz macia chamando ela de “princesa”, resistir a isso, sim, era difícil. A combinação bafo quente ao pé do ouvido, braços prendendo forte a cintura e o maldito cheiro de lavanda era o suficiente para o dinheiro ir rapidinho pro bolso dele. Ser puta é fácil, difícil é deixar de amar malandro, isso sim é difícil.

A filha da puta

Eles namoravam seis anos, todos na porta da casa dela, com pai olhando, quando saía pra tomar sorvete, tinha que levar o cunhadinho. A mão dele nunca pode passear por aquele corpo, no máximo tinha conseguido passar a mão por cima da blusa, mas ela sempre tirava a bendita de cima, repetindo o mantra “só depois do casamento”. Seis anos batendo punheta por aquela moça de coxas finas, nariz arrebitado, voz macia e terço na mão. Estudou, entrou na faculdade, se formou, guardou dinheiro, comprou casa, pagou enxoval, tudo isso esperando o santo dia do casamento onde poderia enfim abrir lentamente cada um daqueles benditos botões rumo ao corpo casto de sua única mulher. Batalhou tanto por isso, tanto, mais do que qualquer um dos 977 homens que haviam se lambuzado com cada um dos poros do corpo daquela moça de coxas frouxas, língua macia e sorriso fácil que circulava todas as madrugadas pelos cantos escuros da cidade.

P.Siu1: A idéia veio de uma pérola machista que diz assim: “Só existem dois tipos de mulheres, a puta e a filha da puta. A puta dá pra ti e pra todo mundo, a filha da puta, faz doce pra dar pra ti, mas dá pra todo mundo” ô beleza, é machista mas eu acho muito engraçada!

P.Siu2: Abafa que todo mundo já foi puta e filha puta pelo menos uma vez na vida! Quem nunca fez linha-sonsinha, que atire a primeira pedra!

P.SiuDicionário: Fazer a linha-sonsinha é quando a gente finge que não faz, finge que não quer, por que finge que nunca fez só pra deixar eles se sentindo especiais! HÁ-HÁ-HÁ (risada diabólica).
P.Siu3: Trilha do post? Times like these - Jack Jonhson

4 Comments:

At 1:24 PM, Anonymous Anonymous said...

pois é...
dois tipos.

;*

 
At 3:50 PM, Anonymous Anonymous said...

kkkkk
ei, eu queria ter tido sua companhia hoje, nem fui mais ao cinema, me enfiei em "Kill Bill"
beijinhos

 
At 7:29 PM, Anonymous Anonymous said...

olha, sua fdp, (kkkkkkkkkkkkkk), mudei, olha so!
/apigenina

vai la e v o link q coloquei p teu blog!
=*


*=)

 
At 6:00 AM, Blogger Blue Boy and the Gray World said...

Machismo em forma de piada é ótimo XD Gostei das duas, mas preferia a Filha da Puta, esse negócio de levar porrada e dar dinheiro éterrível XD

 

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